quinta-feira, 4 de abril de 2013

Práticas inclusivas

Terça-feira 02/04 foi o dia mundial da conscientização do autismo, e a Manuelle que faz parte da Equipe de Comunicação da PJ, pediu para uma pedagoga que trabalha com crianças especiais falarem sobre a inclusão. O texto abaixo falará sobre inclusão mas não só de crianças/jovens autistas mas sim inclusão de crianças com alguma deficiência, como a sociedade vê e aceita.


Práticas inclusivas 

O desafio das escolas e dos professores com a entrada e a permanência de crianças e jovens com deficiência é grande, pois há necessidade de mudanças e quebra de paradigmas para que a inclusão de fato ocorra. O cenário da escola atual é ainda de um produtor e reprodutor de desigualdades, fracassos e humilhação.

Muitas vezes, as dificuldades apresentadas pelas crianças produzem nos professores pânico, medo e rejeição, alegando muitas vezes “não estarem preparados para trabalhar com esse tipo de criança”; e também que a formação acadêmica não os preparou para trabalharem com pessoas com deficiência.

Esse comportamento dos professores pode prejudicar mais do que as restrições decorrentes da deficiência dos alunos, pois não são consideradas as potencialidades e possíveis habilidades a serem desenvolvidas por eles.

É possível ver no aluno o reflexo da pratica do professor; quando este não mede esforços para proporcionar ao educando o que ele realmente merece e tem condições de alcançar, como também, quando é deixado de lado, apenas para que ocupe um espaço na sala de aula.

Quando o professor se empenha, cria estratégias que possibilitam o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, é possível observar que este se sente bem, reage demonstrando interesse e vontade em participar das aulas, colaborando e aceitando as diversas formas de auxilio. Porem, quando ocorre o contrario, quando o aluno é culpado de certa forma pela dificuldade que apresenta, ele reage muitas vezes de forma agressiva, com desinteresse e chega a perturbar a aula para chamar a atenção de que algo não está bem.

Claro que não podemos justificar o aspecto comportamental somente relacionado a pratica do professor, porém o que ocorre com as pessoas com deficiência, é que muitas vezes apresentam dificuldade de comunicação, e expressam seus sentimentos através do comportamento.

Portanto o trabalho do professor, a sua pratica pedagógica com certeza é o diferencial da proposta inclusiva, e não somente porque é lei, porque precisamos incluir pessoas com deficiência nas escolas da rede regular de ensino, até porque a educação na perspectiva da educação inclusiva perpassa o conceito de deficiência. A escola e o espaço inclusivo devem ser para todos e por todos, respeitando as características, individualidades e possibilidades de cada sujeito.

Escrito por: Silmara de L. de Moraes - Pedagoga

2 comentários:

  1. Manu show de bola ! Mostrando empenho e força para ajudar o blog a crescer. Silmara falou tudo "Quando o professor se empenha, cria estratégias que possibilitam o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, é possível observar que este se sente bem", isso é o que falta muito nas salas de aula

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    1. Obrigada aew =D todos temos limitações, dificuldades independente se somos deficientes ou não, basta saber como nos adaptarmos a elas...

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