quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

3º Etapa - Escola de Líderes - Comunidade São Francisco

A 3ª etapa da II Escola de líderes da microrregião de Caçador teve o tema: História e Protagonismo Juvenil. Assessorado pelo Dierry e Taynara. A etapa aconteceu na comunidade São Francisco no dia 10 de novembro.
Assessores da Etapa

Após uma oração inicial, os assessores fizeram uma breve apresentação, e logo conduziram uma dinâmica de apresentação levando todos a lembrar algo que a pessoa ao lado tinha feito na etapa anterior.
Oração da manhã
A reflexão começou lembrando-se da nossa identidade e história, concluindo que o que a é a nossa história. Com isso pegamos um gancho na década de 60, época da ditadura militar no Brasil, época também onde os “The Beatles” lançavam seu primeiro disco, época onde o primeiro satélite foi lançado e supostamente o primeiro homem pisou na lua.


Taynara

Antes ainda da década de 60, no período de 1935 até 1957 houve a ação católica geral, que originou a PJ geral. Em 1957 até 1968 começou a ação católica específica – JAC, JEC, JIC, JUC e JOC – as PJ’s específicas. Nesse tempo que surgiu o método Ver – Julgar e Agir. Formação de lideranças, idéia de grupos pequenos. 


Dierry
E a UNE (União Nacional dos Estudantes), teve inicio com suas primeiras reuniões na PUC, jovens que lutavam contra a ditadura e tinham o anseio para mudar a realidade do momento, reivindicavam por educação melhor e liberdade, principal meio de expressão era a música, e a que todos já ouviram alguma vez é a “Pra não dizer que não falei das flores” de Geraldo Vandré.

Falando sobre a década de 70, Brasil Tricampeão da Copa do Mundo, a ditadura expondo a frase “Brasil, ame-o ou deixe-o” e “Pra frente Brasil”, sendo inevitável a ligação com a política Pão e circo.

Em 1977 a UNE faz uma Assembléia para se reorganizar, e na comemoração na PUC, os militares invadiram a reunião e torturaram algumas pessoas e quebraram as instalações da PUC. E a igreja nesse momento estava tentando frear uma eminente rebelião armada, ou seja, a igreja não queria se intrometer com os assuntos da ditadura. Nesse mesmo período houve o fim da ação especializada da Igreja católica por pressão da própria ditadura militar. E as paróquias começaram a ser mais atrativas para receber os jovens, e tentar reconquistar a juventude que estava se perdendo aos poucos. Padre Zezinho foi de uma importância muito grande nessa época, mesma época que surgem grupos importantes na igreja como: Shalon, JUFRA, TLC, EJC, RCC, etc. Esses grupos eram muito fortes, mas tinha o problema que apenas os adultos coordenavam e havia muita teoria e pouca prática, em 1977 surge a PU (Pastoral Universitária). Nesse ano também houve inúmeras outras tentativas de se criar a PJ (Pastoral da Juventude). 


Elaboração dos Cartazes
Após a teoria foi a hora de colocarmosa mão na massa, ficou a tarefa dos participantes elaborarem cartazes com frases referentes ao que os jovens da época colocariam em cartazes para protestos, cada um partilhou sobre o que escreveu em seu cartaz.


Depois da dinâmica começou os estudos sobre a década de 80, comentou-se sobre o Nordeste e sua característica em ser pastoral especializada, ali começava a surgir PJ’s, mas com traços de Ação Católica Especializada. No começo a expressão da PJ nacional chamava-se de Pastoral da Juventude Brasil, e compreendia representantes de todas as regiões do Brasil, o objetivo seria mais uma partilha de conhecimentos. No documento de Puebla é assumida a opção dos pobres e da juventude. Padre Hilário Dick foi o primeiro assessor da Pastoral da Juventude Nacional.




Em 1985 teve finalmente o fim da ditadura militar no Brasil, entra a era da juventude do Rock, criação do JCB – Juventude Comunista Brasileira – e iniciamos a década de 90 mais precisamente em 1992 com a campanha da fraternidade relacionando o tema juventude, o tema da campanha de 92 foi “Juventude, caminho aberto”. Com isso a juventude começa a se organizar novamente, PJ’s ganham força, Fernando Collor de Melo assume o Brasil propondo mudanças, contudo em meio a inúmeros escândalos de corrupção, Collor acaba renunciando para Itamar Franco, seu vice, assumir. Ainda no governo de Collor a juventude foi à rua para tentar tirá-lo da presidência, os famosos “Caras pintadas”. 




Após todo esse apanhado histórico feito pelos assessores, participamos da missa da comunidade, a qual estava celebrando a primeira comunhão de dois catequizandos. 


Concluindo a missa assistimos ao filme “Batismo de Sangue”, que mostra a participação da igreja católica na ditadura, filme excelente recomendável.




Após isso, o assessor Alexandre fez uma reflexão sobre sermos líderes e deu o testemunho dele, relatando suas experiências em movimentos e todo caminho até encontrar a PJ.

Para encerrarmos foi feita uma avaliação individual da etapa e voltamos para a casa na expectativa pela 4ª etapa assessorada pela nossa colega Mari e o Prof. Mario Brinhosa.



Secretariado: João Paulo Secco Fotos: Márcio Roberto Goes
Escrito por: Gabriel da Costa Leite

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