segunda-feira, 17 de março de 2014

Jovens missionários conhecem a realidade de Caçador, em preparação à missão jovem da PJ

Jovens líderes ensaiam visitas que farão às casas da paróquia da Catedral em
Caçador em junho (Foto: Marcelo Luiz Zapelin/CNBB Sul 4)
A paróquia da Catedral de Caçador carece de grupos e envolvimento dos jovens, como apontou diagnóstico que os líderes da 4a. Missão Jovem da Pastoral da Juventude em Santa Catarina (Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em 16 comunidades, entre 15 e 16 de julho. A atividade foi uma preparação para a missão prevista para o feriadão de Corpus Christi.


Na Vila Santa Catarina, na região central, por exemplo, um grupo de jovens não surge há mais de duas décadas. O último acabou quando seus membros casaram-se entre si.

Na rua mais antiga de Caçador, a Luiz Tortatto, a comunidade Nossa Senhora Salete possui grupo de jovens com apenas quatro membros em uma região que possui cerca de 500 casas.

— Esperamos (que as missões) o resgatem os jovens que não participam, especialmente os que estão envolvidos com as drogas —, disse a professora e líder comunitária Juciane Zanotti.

No interior, os desafios não são menores. Embora, correspondam à 50% das 16 comunidades da paróquia, a população corresponde a menos de 10% dos habitantes da paróquia. Segundo padre Gilberto Tomazi, que foi pároco ali, três comunidades no interior foram desativadas devido ao êxodo rural.

Na Linha Castelli, há mais de 10 quilômetros do centro, vivem cerca 13 jovens, que participam eventualmente das celebrações da Palavra e missas. Na noite em que os líderes visitaram a comunidade, apenas Talia Torrezan, 17, estava presente. À espera pelo tio, que participava da reunião com os missionários, ela revelou que pretende deixar a comunidade para estudar medicina em Curitiba, mas não afasta a possibilidade participar de um possível grupo de jovens até lá.

— Desde que não seja só para rezar, poderia ser um incentivo existir um grupo para conversar e se divertir também —, ponderou a jovem.

O desafio dos missionários também será grande na sede da paróquia. A comunidade da Catedral é a região mais populosa, mas possuiu apenas três grupos de jovens, um deles ligado à Pastoral da Juventude. Outras oito pastorais e movimentos atuam ali. A comunidade deposita na iniciativa dos jovens a esperança de que as missões reavivem os jovens e a própria comunidade.

O pároco pe. Lauro Kaluzny Filho declarou o seu apoio à missão jovem que “vire a paróquia de cabeça para baixo”.

— Se virem 400, 500 (missionários), quantos forem, arrumaremos lugar para todos, nesta grande festa da juventude — disse, na missa de encerramento.

Por seu lado, os líderes missionários comprometeram-se a tentar responder às necessidades das comunidades. Vanessa Tenfen, 30, de Rio do Sul, disse que os desafios apontados pela comunidade estarão em evidência.

— Me interessa a partilha e ajudar um pouco. A comunidade é carente de Igreja, não há muitas lideranças, mas elas são comprometidas. Para ajudar, vamos mostrar que na Igreja que não é chata —, disse.

A pré-missão também envolveu uma formação. Os líderes estudaram o documento de estudo da CNBB “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” e a proposta pedagógica das Missões Jovens da Pastoral da Juventude. Missionários Veteranos apresentaram sugestões para a abordagem das famílias, realidades que poderão encontram e como Jesus respondeu a essas realidades.

— Entrar na casa de alguém é mais que fazer uma visita, é reconhecer a vida das pessoas que moram ali —, explicou aos jovens, Ana Karla Alves, da equipe de coordenação. Ela também explicou que processo incluí três fases: a pré-missão (diagnóstico e planejamento), missão (visita às casas e atividades comunitárias) e pós-missão (retorno para avaliar as consequências).

O modelo pastoral da missão conquistou Mayra Pacheco, 19, que já foi veterana em missões da renovação carismática católica.

— Aqui na missão jovem nosso objetivo não é apenas transmitir o Evangelho, mas conhecer a realidade e participar da vida da comunidade. Só rezar para as pessoas não adianta, é preciso considerar que elas têm outras necessidades para terem sua dignidade respeitada — avaliou.

Para ela, o missionário deve estar consciente do respeito às diferenças e do valor do outro como pessoa e lembrar que “o Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você”.

Fonte: CNBB SUL 4

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